quinta-feira, 5 de maio de 2011

Era Uma Vez

       Porque não ter o primeiro Post  algo haver com anjos? Pois para que fique mais enquadrado no tema, cá vai um Poema de minha Autoria Publicado no Recanto das Letras. Foi publicado recentemente mas criado à cerca de um ano e meio.
Poema criado para retratar a minha história e da minha alma gémea, muito antes de sermos Humanos.

"Era Uma Vez

Era uma vez…
Uma vez dois lindos Anjos,
Que avistavam encantados, lá do céu,
A tenebrosa terra de encantos arranjos.

Oh como era estável aquele céu maravilhoso,
Quase que impenetrável  aquele palácio majestoso.
Bem diferente do mundo Terreno,
Que se mostrava tão áspero e não Sereno.

Mas pobres Anjos que queriam mais,
Infiltrando já, em seus corpos, o pecado cobiçoso;
Pecado que transforma o Puro em Monstruoso.
Queriam sentir Saudade, Desejavam sentir amor,
Desejavam sentir Raiva, Queriam sentir a dor;
Almejavam viver como terrestres animais…

Oh mas que loucura foi aquela,
Que os levara à morte certa,
Anjos gritavam na Capela,
Pela sorte desses dois que era incerta.

Mas belos já decididos da partida,
Tocaram em seus peitos, marcando a ferida…
Ferida a que chamam de coração,
A que apaga, em momentos, a consciência e faz perder a razão.


Mas não era suficiente para a passagem,
Seria necessário arrancar toda a bagagem.
Em massagens dolorosas pelas costas,
Ambos arrancaram a penugem nelas postas.

Oh mas que chorosa sentinela,
Que ao vê-los pela imponente entrada da capela,
Choraram infinitas lágrimas de dor,
Vendo-os passando do puro branco ao vermelho da pura dor.

Então, os dois, saltaram de mãos dadas,
Estas almas destemidas, abraçadas
Caíram no abismo do medo,
Não temendo aquele mortal mundo,
Nem o celeste céu que estava tremendo.

Assim estas almas enamoradas,
Destinaram-se eternas amadas,
De um amor, enfim, Profundo.
E AMOR assim se Fez... "

Por: David Pessoa

Publicado no Recanto das Letras em 04/05/2011
Código do texto: T2949537
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.